Capítulo 1
10
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0
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A água das chuvas arrastava os compostos orgânicos da atmosfera para a crosta; esses
compostos acabaram formando uma camada cada vez maior sobre a superfície das rochas.
O calor das rochas favorecia as reações entre as moléculas, que formavam moléculas maiores.
Assim, cadeias de aminoácidos, os proteinóides, devem ter aparecido aos poucos.
Figura 1.4
Quando a temperatura das rochas ficou inferior a 100ºC, a água sob forma líquida pôde
permanecer na superfície; surgiram assim mares e oceanos, lagos e lagoas. As substâncias agora
presentes na água foram se juntando, formando no mar um imenso número de estruturas
maiores, chamadas coacervados, de grande estabilidade.
Os coacervados continuaram reagindo entre si, durante muitas centenas de milhões de anos.
Uma dessas inúmeras ”tentativas químicas”, casualmente, pode ter resultado na complexidade
e organização de um ser vivo muito simples. Está claro, para ser considerado vivo, esse
coacervado especial deveria ter a capacidade de se reproduzir.
Figura 1.5
1.3 - Miller e Fox: Comparação Experimental de Algumas
Idéias de Oparin
Na década de 50, Miller, um bioquímico norte-americano, fez circular num aparelho fechado
uma mistura de vapor de água metano, amônia e hidrogênio, que submeteu a descargas elétricas
contínuas durante toda uma semana. No fim do experimento, a água foi analisada; a mistura, além de
outras moléculas orgânicas, continha também alguns aminoácidos, as matérias-primas das proteínas!
Assim, estava demonstrado que as condições iniciais postuladas por Oparin podem ter sido favoráveis
ao surgimento das moléculas precursoras da vida.
Figura 1.6