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Introdução ao 

Desenho Técnico

Desde suas origens o homem comunica-se através de grafismos e desenhos. As primeiras 

representações que conhecemos são as pinturas rupestres, em que o homem representava não 
apenas o mundo que o cercava, mas também as suas sensações: alegrias, medos, danças.

Ao longo da história, a comunicação através do desenho, foi evoluindo, dando origem a duas 

formas de desenho: um é o desenho artístico, que pretende comunicar idéias e sensações, estimulando 
a imaginação do espectador; e o outro é o desenho técnico, que tem por finalidade a representação 
dos objetos o mais próximo do possível, em formas e dimensões.

Em arquitetura e engenharia, o desenho é a principal forma de expressão. É através dele que 

o profissional exterioriza as suas criações e soluções, representando o seu projeto, seja ele de um 
móvel, uma residência ou uma cidade.

O desenho começou a ser usado como meio preferencial de representação do projeto arquitetônico 

a partir do Renascimento, quando as representações técnicas foram iniciadas nos trabalhos de 
Brunelleschi e Leonardo da Vinci. Apesar disso, ainda não havia conhecimentos sistematizados de 
geometria descritiva, o que tornava o desenho mais livre e sem nenhuma normatização. Um dos 
grandes avanços em desenho técnico se deu com a geometria descritiva de Gaspar Monge (1746-
1818), que pesquisou e apresentou um método de representação das superfícies tridimensionais 
dos objetos sobre a superfície bidimensional. A geometria mongeana, como também é conhecida, 
embasa a técnica do desenho até os dias atuais.

Com a Revolução Industrial, os projetos das máquinas passaram a necessitar de maior rigor e os 

diversos projetistas necessitaram de um meio comum para se comunicar. Desta forma, instituíram-
se a partir do século XIX as primeiras normas técnicas de representação gráfica de projetos. A 
normatização hoje está mais avançada e amadurecida.

O Desenho Arquitetônico é uma especialização do desenho técnico normatizado voltada para a 

execução e representação de projetos de arquitetura. O desenho de arquitetura, portanto, manifesta-
se como um código para uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o desenhista ou projetista) e o 
receptor (o leitor do projeto). Dessa forma, seu entendimento envolve um certo nível de treinamento. 
Por este motivo, este tipo de desenho costuma ser uma disciplina importante nos primeiros períodos 
das faculdades de arquiteturas.

Assim, o Desenho Arquitetônico é a forma de comunicação do arquiteto. Quando o elaboramos 

estamos criando um documento. Este contém, na linguagem de desenho, informações técnicas 
relativas a uma obra arquitetônica. Esse desenho segue normas de linguagem que definem a 
representatividade das retas, curvas, círculos e retângulos, assim como dos diversos outros elementos 
que nele aparecem. Assim poderão ser perfeitamente lidos pelos outros profissionais envolvidos na 
construção. Esses desenhos podem ser realizados sobre uma superfície de papel, dentro de pranchas 
na maioria das vezes em papel sulfurizê (quando utiliza-se o grafite) ou vegetal (para o desenho a 
tinta, como o nanquim), ou na tela de um micro computador, para posterior reprodução. Do modo 
convencional, são executados sobre pranchetas, com uso de réguas, esquadros, lapiseira, compasso, 
caneta de nanquim, etc. Hoje podem ser também digitalizados através da computação gráfica, em 
programas de computador específicos, que quando reproduzidos devem ter as mesmas informações 
contidas nos convencionais. Ou seja, os traços e os demais elementos apresentados deverão transmitir 
todas as informações necessárias, para a construção do objeto, com a mesma representatividade, nos 
dois processos.

A IMPORTÂNCIA DAS NORMAS TÉCNICAS

Sendo o desenho a principal forma de comunicação e transmissão das idéias do arquiteto, é 

necessário que os outros profissionais envolvidos possam compreender perfeitamente o que está 
representado em seus projetos. Da mesma forma, é necessário que o arquiteto consiga ler qualquer 
outro projeto complementar ao arquitetônico, para possibilitar a compatibilização entre estes. Assim, 
é necessário que todos os envolvidos “falem a mesma língua”, nesse caso, a linguagem do desenho