Capítulo 2

14

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E

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1

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2

7

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R

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H

T - B

0

0

1

2.4 - Diagrama de Blocos

Um sistema de controle pode consistir de vários componentes, o que o torna bastante difícil de 

ser analisado. Para facilitar o seu entendimento e a fim de mostrar as funções desempenhadas por  seus  
componentes,  a  engenharia  de  controle  utiliza  sempre  um  diagrama  denominado “Diagrama de Blocos”.

Diagrama de blocos  de  um  sistema  é  uma  representação  das  funções  desempenhadas  por 

cada  componente  e  do  fluxo  de  sinais.  Assim,  conforme  pode  ser  visto  na  figura  2.8,  os 
componentes principais de um sistema são representados por blocos e são integrados por meio 
de linhas que indicam os sentidos de fluxos de sinais entre os blocos.  Estes diagramas são, então 
utilizados para representar as relações de dependência entre as variáveis que interessam à cadeia de 
controle.

Figura 2.8 - Representação em Diagrama de Bloco de um Sistema de Controle.

2.5 - Atrasos no Processo

Todo processo possui características que determinam atraso na transferência de energia e/ou 

massa, o que consequentemente dificulta a ação de controle, visto que elas são inerentes aos processos. 
Quando, então, vai se definir o sistema mais adequado de controle, deve-se levar em consideração estas 
características e suas intensidades. São elas: Tempo Morto, Capacitância e Resistência.

2.5.1 - Tempo Morto

É o intervalo de tempo entre o instante  em  que  o  sistema  sofre  uma  variação  qualquer  e  o 

instante  em  que  esta  começa  a  ser  detectada  pelo  elemento  sensor.  Como  exemplo  veja  o caso  
do  controle  de  temperatura  apresentado na figura  2.9.  Para  facilitar,  suponha  que  o comprimento 
do fio de resistência R seja desprezível em relação à distância l(m) que o separa do termômetro e que 
o diâmetro da tubulação seja suficientemente pequeno.

Se uma tensão for aplicada em R como sinal de entrada fechando-se a chave S conforme a figura  

2.10,  a  temperatura  do  líquido  subirá  imediatamente.  No  entanto,  até  que  esta  seja detectada  pelo  
termômetro  como  sinal  de  saída,  sendo  V(m/min)  a  velocidade  de  fluxo  de líquido, terá passado em 
tempo dado por L = l/V (min). Este valor L corresponde ao tempo que decorre até que a variação do sinal 
de entrada apareça como variação do sinal de saída recebe o nome de tempo morto. Este elemento 
tempo morto dá apenas a defasagem  temporal sem variar a forma oscilatória do sinal.

Figura 2.9 - Exemplo do Elemento Tempo Morto