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Tipos de Logística
R
E
G -
5
4
9
.80
1
- C
O
PY
R
IG
H
T - B
0
0
1
Neste sistema de “puxar” a produção, o controle é feito pelo sistema kanban, que é um sistema
de informação através do qual um posto de trabalho informa suas necessidades de mais peças para
a seção precedente, iniciando o processo de fabricação entre estações de trabalho apenas quando
houver necessidade de produção, garantindo assim a eficiência do sistema de “puxar” a produção.
O fluxo e o controle da produção em um ambiente JIT, controlado por Kanban, é mais simples
que num ambiente de produção tradicional. As peças são armazenadas em recipientes padronizados,
contendo um número definido destas, acompanhado do cartão Kanban de identificação
correspondente. Cada cartão Kanban representa uma autorização para fabricação de um novo
conjunto de peças em quantidades estabelecidas. Cada setor é responsável pelo fornecimento das
peças requisitadas, no prazo de reposição, na quantidade estipulada no cartão Kanban e com a
qualidade garantida para evitar paradas desnecessárias do processo produtivo(Gabela ,1995).
Martins (1994) destaca que algumas empresas no ocidente, que estão utilizando a filosofia JIT, não
abandonaram seus sistemas MRP ou MRPII. Entretanto, os mesmos foram simplificados ou alguns de
seus módulos foram adaptados ou trocados por outros sistemas. Os sistemas MRP e MRPII passaram
a ser utilizados mais como ferramentas de planejamento.
OPT (Optimized Production Technology)
O OPT (“Optimized Production Technology” - Tecnologia de Produção Otimizada) é uma técnica
de gestão da produção, desenvolvida pelo físico Eliyahu Goldratt, que vem sendo considerada como
uma interessante ferramenta de programação e planejamento da produção. O OPT compõe-se de dois
elementos fundamentais : sua filosofia (composta de nove princípios) e um software “proprietário”.
Para Goldratt & Fox (1993) a meta principal das empresas é ganhar dinheiro, e o sistema de
manufatura contribui para isso atuando sobre três medidas:
Ganho, Despesas operacionais e Estoques. Goldratt & Fox (1993) apresenta as seguintes definições
para estes três medidas:
Ganho
: é o índice pelo qual o sistema gera dinheiro através das vendas de seus produtos.
Inventário
: é todo dinheiro que o sistema investiu na compra de bens que ele pretende vender.
Refere-se apenas ao valor das matérias-primas envolvidas
Despesa Operacional
é todo dinheiro que o sistema gasta a fim de transformar o inventário em ganho.
Segundo a filosofia OPT, para se atingir a meta é necessário que no nível da fábrica se aumentem
os ganhos e ao mesmo tempo se reduzam os estoque e as despesas operacionais.
Para programar as atividades de produção no sentido de atingir-se os objetivos acima mencionados,
é necessário entender o inter-relacionamento entre dois tipos de recursos que estão normalmente
presentes em todas as fábricas : os recursos gargalos e os recursos não-gargalos.
Recurso gargalo: é aquele recurso cuja capacidade é igual ou menor do que a demanda
colocada nele.
Recurso não-gargalo: qualquer recurso cuja capacidade é maior do que a demanda colocada nele.
Os princípios da filosofia OPT, que podem ser encontrados nos trabalhos de Goldratt & Fox (1992),
Jacobs (1984) e Corrêa & Gianesi (1993), são:
1 -
Balancear o fluxo e não a capacidade.
2 -
A filosofia OPT advoga a ênfase no fluxo de materiais e não na capacidade dos recursos,
justamente o contrário da abordagem tradicional.
3 -
O nível de utilização de um recurso não-gargalo não é determinado por sua disponibilidade,
mas sim por alguma outra restrição do sistema.
4 -
A utilização e a ativação de um recurso não são sinônimos.
5 -
Ativar um recurso, quando sua produção não puder ser absorvida por um recurso gargalo,
pode significar perdas com estoques. Como neste caso não houve contribuição ao atingimento
dos objetivos, a ativação do recurso não pode ser chamada de utilização.
6 -
Uma hora perdida num recurso gargalo é uma hora perdida por todo os sistema produtivo.
7 -
Como é o recurso gargalo que limita a capacidade do fluxo de produção,uma hora perdida
neste recurso afeta todo o sistema produtivo
8 -
Uma hora economizada num recurso não-gargalo é apenas uma ilusão.
9 -
Uma hora ganha em um recurso não-gargalo não afeta a capacidade do sistema, já que este
é limitado pelo recurso gargalo.