7
Introdução
R
E
G -
5
4
9
.86
3
- C
O
PY
R
IG
H
T - B
0
0
1
Os primeiros sistemas de automação operavam por meio de sistemas eletromecânicos, com relés
e contatores. Neste caso, os sinais acoplados à máquina ou equipamento a ser automatizado acionam
circuitos lógicos a relés que disparam as cargas e atuadores.
As máquinas de tear são bons exemplos da transição de um sistema de automação rígida para
automação flexível. As primeiras máquinas de tear eram acionadas manualmente. Depois passaram a
ser acionadas por comandos automáticos, entretanto, estes comandos só produziam um modelo de
tecido, de desenho ou estampa.
A introdução de um sistema automático flexível no mecanismo de uma máquina de tear, tornou
possível produzir diversos padrões de tecido em um mesmo equipamento. Com o avanço da
eletrônica, as unidades de memória ganharam maior capacidade e com isso armazenam todas as
informações necessárias para controlar diversas etapas do processo. Os circuitos lógicos tornaram-
se mais rápidos, compactos e capazes de receber mais informações de entrada, atuando sobre um
número maior de dispositivos de saída. Chegamos assim, aos microcontroladores responsáveis por
receber informações das entradas, associá-las às informações contidas na memória e a partir destas
desenvolver um a lógica para acionar as saídas.
Toda esta evolução nos levou a sistemas compactos, com alta capacidade de controle, que
permitem acionar diversas saídas em função de vários sinais de entradas combinados logicamente.
Um outra etapa importante desta evolução é que toda a lógica de acionamento pode ser desenvolvida
através de software, que determina ao controlador a sequência de acionamento a ser desenvolvida.
Este tipo de alteração da lógica de controle caracteriza um sistema flexível. Os CLP’s são equipamentos
eletrônicos de controle que atuam a partir desta filosofia.
1.1 - Histórico
O Controlador Lógico Programável (C.L.P.) nasceu praticamente dentro da indústria automobilística
americana, especificamente na Hydronic Division da General Motors, em 1968, devido a grande
dificuldade de mudar a lógica de controla de painéis de comando a cada mudança na linha de
montagem. Tais mudanças implicavam em altos gastos de tempo e dinheiro.
Sob a liderança do engenheiro Richard Morley, foi preparada uma especificação que refletia as
necessidades de muitos usuários de circuitos à reles, não só da indústria automobilística, como de
toda a indústria manufatureira.
Nascia assim, um equipamento bastante versátil e de fácil utilização, que vem se aprimorando
constantemente, diversificando cada vez mais os setores industriais e suas aplicações.
Desde o seu aparecimento, até hoje, muita coisa evoluiu nos controladores lógicos, como a
variedade de tipos de entradas e saídas, o aumento da velocidade de processamento, a inclusão
de blocos lógicos complexos para tratamento das entradas e saídas e principalmente o modo de
programação e a interface com o usuário.
1.2 - Divisão Histórica
Podemos didaticamente dividir os CLPs historicamente de acordo com o sistema de programação
por ele utilizado:
1
a
. Geração: Os CLPs de primeira geração se caracterizam pela programação intimamente ligada
ao hardware do equipamento. A linguagem utilizada era o Assembly que variava de acordo
com o processador utilizado no projeto do C.L.P., ou seja, para poder programar era necessário
conhecer a eletrônica do projeto do C.L.P.. Assim a tarefa de programação era desenvolvida
por uma equipe técnica altamente qualificada, gravando - se o programa em memória EPROM,
sendo realizada normalmente no laboratório junto com a construção do C.L.P..
2
a
. Geração: Aparecem as primeiras “Linguagens de Programação” não tão dependentes do
hardware do equipamento, possíveis pela inclusão de um “Programa Monitor“ no C.L.P., o qual
converte (no jargão técnico, Compila), as instruções do programa, verifica o estado das entradas,
compara com as instruções do programa do usuário e altera o estados das saídas. Os Terminais
de Programação (ou Maletas, como eram conhecidas) eram na verdade Programadores de
Memória EPROM. As memórias depois de programadas eram colocadas no C.L.P. para que o
programa do usuário fosse executado.