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Introdução

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Os primeiros sistemas de automação operavam por meio de sistemas eletromecânicos, com relés 

e contatores. Neste caso, os sinais acoplados à máquina ou equipamento a ser automatizado acionam 
circuitos lógicos a relés que disparam as cargas e atuadores.

As máquinas de tear são bons exemplos da transição de um sistema de automação rígida para 

automação flexível. As primeiras máquinas de tear eram acionadas manualmente. Depois passaram a 
ser acionadas por comandos automáticos, entretanto, estes comandos só produziam um modelo de 
tecido, de desenho ou estampa.

A introdução de um sistema automático flexível no mecanismo de uma máquina de tear, tornou 

possível produzir diversos padrões de tecido em um mesmo equipamento. Com o avanço da 
eletrônica, as unidades de memória ganharam maior capacidade e com isso armazenam todas as 
informações necessárias para controlar diversas etapas do processo. Os circuitos lógicos tornaram-
se mais rápidos, compactos e capazes de receber mais informações de entrada, atuando sobre um 
número maior de dispositivos de saída. Chegamos assim, aos microcontroladores responsáveis por 
receber informações das entradas, associá-las às informações contidas na memória e a partir destas 
desenvolver um a lógica para acionar as saídas.

Toda esta evolução nos levou a sistemas compactos, com alta capacidade de controle, que 

permitem acionar diversas saídas em função de vários sinais de entradas combinados logicamente. 
Um outra etapa importante desta evolução é que toda a lógica de acionamento pode ser desenvolvida 
através de software, que determina ao controlador a sequência de acionamento a ser desenvolvida. 
Este tipo de alteração da lógica de controle caracteriza um sistema flexível. Os CLP’s são equipamentos 
eletrônicos de controle que atuam a partir desta filosofia.

1.1 - Histórico

O Controlador Lógico Programável (C.L.P.) nasceu praticamente dentro da indústria automobilística 

americana, especificamente na Hydronic Division da General Motors, em 1968, devido a grande 
dificuldade de mudar a lógica de controla de painéis de comando a cada mudança na linha de 
montagem. Tais mudanças implicavam em altos gastos de tempo e dinheiro.

Sob a liderança do engenheiro Richard Morley, foi preparada uma especificação que refletia as 

necessidades de muitos usuários de circuitos à reles, não só da indústria automobilística, como de 
toda a indústria manufatureira.

Nascia assim, um equipamento bastante versátil e de fácil utilização, que vem se aprimorando 

constantemente, diversificando cada vez mais os setores industriais e suas aplicações.

Desde o seu aparecimento, até hoje, muita coisa evoluiu nos controladores lógicos, como a 

variedade de tipos de entradas e saídas, o aumento da velocidade de processamento, a inclusão 
de blocos lógicos complexos para tratamento das entradas e saídas e principalmente o modo de 
programação e a interface com o usuário.

1.2 - Divisão Histórica

Podemos didaticamente dividir os CLPs historicamente de acordo com o sistema de programação 

por ele utilizado:

1

a

. Geração: Os CLPs de primeira geração se caracterizam pela programação intimamente ligada 

ao hardware do equipamento. A linguagem utilizada era o Assembly que variava de acordo 
com o processador utilizado no projeto do C.L.P., ou seja, para poder programar era necessário 
conhecer a eletrônica do projeto do C.L.P.. Assim a tarefa de programação era desenvolvida 
por uma equipe técnica altamente qualificada, gravando - se o programa em memória EPROM, 
sendo realizada normalmente no laboratório junto com a construção do C.L.P..
2

a

. Geração: Aparecem as primeiras “Linguagens de Programação” não tão dependentes do 

hardware do equipamento, possíveis pela inclusão de um “Programa Monitor“ no C.L.P., o qual 
converte (no jargão técnico, Compila), as instruções do programa, verifica o estado das entradas, 
compara com as instruções do programa do usuário e altera o estados das saídas. Os Terminais 
de Programação (ou Maletas, como eram conhecidas) eram na verdade Programadores de 
Memória EPROM. As memórias depois de programadas eram colocadas no C.L.P. para que o 
programa do usuário fosse executado.