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A contabilidade e o contador

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Foi a Itália o primeiro país a fazer restrições à prática da Contabilidade por um indivíduo qualquer. 

O governo passou a somente reconhecer como contadores, pessoas devidamente qualificadas para 
o exercício da profissão. A importância da matéria aumentou com as guerras ocorridas nos séculos 
XVIII e XIX, que consagraram numerosas falências e a consequente necessidade de se proceder à 
determinação das perdas e lucros entre credores e devedores.

Hoje possuímos um cenário moderno da contabilidade, onde não se volta para o dono 

(proprietário), mas a responsabilidade como figura central das entidades contábeis e de poder de 
registros, que hoje se encontram em total evolução e desgarramento do proprietário que devem 
seguir leis rígidas e de registros amplos e claros.

A Contabilidade é uma ciência nitidamente social quanto às suas finalidades, mas, como 

metodologia de mensuração, abarca tanto o social quanto o quantitativo.

É social quanto às finalidades, pois, em última análise, através de suas avaliações do progresso de 

entidades, propícia um melhor conhecimento das configurações de rentabilidade e financeiras, e, 
indiretamente, auxilia os acionistas, os tomadores de decisões, os investidores a aumentar a riqueza 
da entidade e, como consequência, as suas, amenizando as suas necessidades.

É parcialmente social, como metodologia, em seus critérios valorativos, baseados em preços, 

valores e apropriações que envolvem grande dose de julgamento, subjetividade e incerteza, 
decorrentes do próprio ambiente econômico e social em que as entidades operam.

É em parte quantitativa, em sua forma de materialização na equação patrimonial básica, que não 

admite desgarramento de sua lógica formal:

ATIVO = PASSIVO

Dentro de um cenário empresarial moderno vamos entender o que significa passivo e ativo.

Ativo: O Ativo faz parte das Contas Patrimoniais e compreende o conjunto de Bens e Direitos da 
organização (entidade, empresa), possuindo valores econômicos e podendo ser convertido em 
dinheiro (proporcionando ganho para a empresa).

Passivo: é o conjunto de obrigações, financeiras ou não, de sua instituição com outras empresas. 
Para facilitar um pouco mais, há alguns tipos de ativos e passivos que vamos especificar agora.

O ativo como vimos na figura acima é responsável pelo registro dos bens da empresa dentro de 

um cenário patrimonial contábil e é responsável pelo registro de todos os bens e diretos. Mas o ativo 
pode sofrer variações de acordo com sua classificação, vejamos:

Ativo circulante: representa aquilo que se tem a receber em curto prazo, até o término do 
exercício social da sua empresa (espaço de tempo entre um balancete financeiro e outro). Temos 
como exemplos o dinheiro em caixa ou em bancos, duplicatas, estoques, entre outros.

Ativo disponível: são todas as contas que podem ser liquidadas (recebidas) imediatamente. 
Exemplo: dinheiro disponível em caixa.

Ativo diferido: são todos os gastos que a empresa teve, porém que podem ser resgatados 
mais adiante. Exemplos: gastos com a pré-organização da empresa, investimento em pesquisas, 
pagamentos feitos com o intuito de reestruturar societariamente a empresa, entre outros.

Ativo fictício: são todos os valores que constam somente no Balanço Patrimonial, mas que não 
fazem parte do patrimônio da empresa. Exemplo: dinheiro ou bem dado como pagamento de 
propina.

Ativo oculto: são valores que existem, porém não constam no Balanço Patrimonial. Exemplo: 
propinas recebidas.

Ativo permanente: são receitas que não precisam ser transformados em dinheiro, não havendo 
prazo para venda, ultrapassando um exercício social.

Ativo realizável a longo prazo: representa tudo o que a empresa tem para receber após o término 
de seu exercício social. Exemplo: valor de empréstimos realizados a sócios ou acionistas.