Capítulo 1

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1.2 - Cenários da Contabilidade

Figura 1.1

A contabilidade é sem sombra de dúvidas uma ciência social, pelo simples entendimento de que 

estuda o comportamento das riquezas que se integram no patrimônio, levando em consideração as 
ações humanas, entendendo assim que a contabilidade se ocupa de fatos humanos.

A contabilidade é uma ciência que se utiliza de métodos quantitativos, e mesmo analisando este 

fato não podemos nos confundir ou confundi-la com as ciências matemáticas, ou ciências exatas, 
pois essa tem como objetivos de quantidades abstratas que vão independer de ações ou relações 
humanas. A contabilidade defende medias muito simples dos fatos que ocorrem em razão de ações 
da movimentação humana.

O surgimento da contabilidade parte de uma necessidade de pessoas que possuem patrimônios 

e deles desejam fazer a sua mensuração, acompanhamento de suas variações e o controle de suas 
riquezas. Se analisarmos esse fato podemos afirmar que a contabilidade nasce da necessidade de um 
usuário próprio, específico, ou seja; do ser humano que possui que possui patrimônio, que possa ter 
informações contábeis, onde possa através das mesmas conhecer melhor seu património financeiro 
e econômico, podendo utilizar essas informações como base para tomadas de decisão em relação a 
seu patrimônio.

O tempo se encarrega de fazer o surgimento de novos usuários para a contabilidade, surgindo 

então:

Banqueiro
Fornecedor de mercadorias a prazo
Governo
Administradores

Sendo o administrador o ser vivo responsável a se incumbir de administrar os bens dos patrimônios 

de empreendedores.

Podemos considerar como cenários contábeis primitivos o ambiente em que diversas entidades 

de comércio e indústria estavam em um estágio de embrião, em relação aos dias atuais vividos pela 
contabilidade, onde as mudanças tecnológicas em situações  mais estáveis em termos de preços, 
mercado, levavam a figura do proprietário a uma centralização da ação empresarial.

A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição de comerciantes 

italianos do séc. XII. Os empréstimos a empresas comerciais e os investimentos em dinheiro determinam 
o desenvolvimento de escritas especiais que refletissem os interesses dos credores e investidores 
e, ao mesmo tempo, fossem úteis aos comerciantes, em suas relações com os consumidores e os 
empregados.

O aparecimento da obra de Frei Lucca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu 

na Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade. Escreveu Tratactus de 
Computis el Scripituris (Contabilidade por Partidas Dobradas), publicado em 1494, enfatizando a 
teoria contábil do débito e do crédito, corresponde a teoria dos números positivos e negativos.