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Forma da Terra

 

A forma de nosso planeta (formato e suas dimensões) é um tema que vem sendo pesquisado ao 

longo dos anos em várias partes do mundo. Muitas foram as interpretações e conceitos desenvolvidos 
para definir qual seria a forma da Terra. Pitágoras em 528 a.C. introduziu o conceito de forma esférica 
para o planeta, e a partir daí sucessivas teorias foram desenvolvidas até alcançarmos o conceito que é 
hoje bem aceito no meio científico internacional. 

A superfície terrestre sofre freqüentes alterações devido à natureza (movimentos tectônicos, 

condições climáticas, erosão, etc.) e à ação do homem, portanto, não serve para definir forma 
sistemática da Terra.

A fim de simplificar o cálculo de coordenadas da superfície terrestre foram adotadas algumas 

superfície matemática simples. Uma primeira aproximação é a esfera achatada nos pólos.

Segundo o conceito introduzido pelo matemático alemão CARL FRIEDRICH GAUSS (1777-1855), 

a forma do planeta, é o GEÓIDE (Figura 1.2) que corresponde à superfície do nível médio do mar 
homogêneo (ausência de correntezas, ventos, variação de densidade da água, etc.) supostamente 
prolongado por sob continentes. Essa superfície se deve, principalmente, às forças de atração 
(gravidade) e força centrífuga (rotação da Terra).

Os diferentes materiais que compõem a superfície terrestre possuem diferentes densidades, 

fazendo com que a força gravitacional atue com maior ou menor intensidade em locais diferentes. 

As águas do oceano procuram uma situação de equilíbrio, ajustando-se às forças que atuam sobre 

elas, inclusive no seu suposto prolongamento. A interação (compensação gravitacional) de forças 
buscando equilíbrio faz com que o geóide tenha o mesmo potencial gravimétrico em todos os pontos 
de sua superfície.

É preciso buscar um modelo mais simples para representar o nosso planeta. Para contornar o 

problema que acabamos de abordar lançou-se mão de uma Figura geométrica chamada ELIPSE que 
ao girar em torno do seu eixo menor forma um volume, o ELIPSÓIDE DE REVOLUÇÃO, achatado nos 
pólos. Assim, o elipsóide é a superfície de referência utilizada nos cálculos que fornecem subsídios 
para a elaboração de uma representação cartográfica.