Capítulo 1

8

R

E

G - 
5

4

9

.5

3

5

 - C
O

PY
R

IG

H

T - B

0

0

1

A ausência de fósforo e potássio no solo torna-o, eventualmente, improdutivo. Era comum que 

os agricultores primitivos criassem novas terras para agricultura cortando as árvores da floresta. 
Portanto, por um longo período de tempo, as florestas que então cobriam a terra, desapareceram 
uma a uma, até que as densas florestas que uma vez cobriram a Europa se tornassem em grandes 
planícies e grandes porções delas, na Ásia e na África, se tornaram em desertos. 

Desde que campinas e desertos não são capazes de armazenar água, essas terras ficaram sujeitas 

a violentas enchentes durante as estações das chuvas e, repetidamente, foram perdendo o solo de 
superfície, se tornando cada vez mais áridas. 

Também considera-se que o desaparecimento das florestas que contribuíam para a estabilização 

do clima local provocaram alteração desse clima acelerando a transformação das campinas em 
desertos. 

1.2.2 - Destruição do Ambiente pela criação de gado

Seguindo a agricultura, o homem desenvolveu a criação de rebanhos, de forma a obter carne, 

pele e leite e tanto a escala da criação como o território ocupado foi gradualmente se ampliando. 
Com o espalhamento da criação, os povos nômades surgiam, movendo-se de um lugar para outro 
em busca de grama e arbustos para alimentar o gado, acelerando a aridez da terra. Adicionalmente, 
mais florestas foram cortadas para agricultura, para plantar grãos necessários à alimentação desses 
rebanhos. 

Portanto, nós podemos compreender que a natureza foi destruída pela agricultura e criação de 

gado. Mas, na metade do século 19, Liebig descobriu os três elementos de fertilização e as pessoas 
aprenderam que elas podiam plantar seus grãos de forma repetida na mesma terra se continuassem 
a fertilizá-la. Essa contribuição foi significativa para a preservação da natureza frente aos danos 
provocados pela agricultura. No século 20, a síntese da amônia foi desenvolvida por Haber e isto 
também contribuiu para um avanço da agricultura no mundo. Isto significa que quase todas as 
florestas do mundo teriam sido cortadas se os métodos agrícolas primitivos tivessem continuado.

1.2.3 - Desenvolvimento das Indústrias e Poluição Ambiental

A destruição da natureza por indústrias pode ser remontada, historicamente, ao uso da madeira 

como combustível. A civilização humana iniciou essa exploração para aquecimento e cozinhar os 
alimentos. Adicionalmente ao uso da madeira para estes propósitos, o corte das árvores florestais 
para obter madeira para construção de casas e embarcações é considerado como tendo contribuído 
para a destruição da natureza da mesma forma que a agricultura. A despeito disso, a destruição da 
natureza sob a forma que nós denominamos por poluição ambiental é considerada como tendo 
começado com as indústrias de refinamento de metal como as de fabricação de ferro, por precisarem 
de grandes quantidades de carvão como reagentes redutores. Tal situação é dita como tendo sido 
uma das causas das colinas sem árvores nos países industrialmente avançados da Europa. A mesma 
situação é considerada como tendo ocorrido no Japão, por que a fabricação de ferro a partir de areia 
rica em ferro era comum nesse país. 

1.2.4 - Uso de carvão, seus méritos e deméritos 

O constante desaparecimento das florestas foi prevenido pelo uso do carvão. O carvão teria 

sido utilizado, pelos chineses, já a dois mil anos atrás. Mas o uso do carvão veio, inevitavelmente, 
acompanhado pela geração de fumaça e odores ofensivos, que causaram poluição ambiental. Por 
causa de tais desvantagens, já em 1273, foi promulgada uma “Ordinance” concernente à restrição 
ao uso de carvão na cidade de Londres”, mostrando que o controle da poluição ambiental pode ser 
remontado até aquela data do passado. 

No século 18, até o desenvolvimento do processo de fabricação de ferro, usando coque, foi que o 

uso de carvão sob a forma de coque teve início. 

É óbvio que esse processo de obtenção de ferro utilizando coque, que pode ser obtido pela 

carbonização do carvão, contribuiu grandemente não somente para um aumento drástico da 
produção de ferro, mas também para a conservação dos recursos florestais. 

Também é geralmente sabido que o uso de carvão combinado com as ciências e tecnologias 

modernas originaram a Revolução Industrial. Deve ser observado, a despeito disso, que o 
desenvolvimento das minas de carvão também resultou na destruição da natureza.