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Introdução a Biossegurança

A biossegurança compreende um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, mitigar ou 

eliminar riscos inerentes às atividades que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida, a 
saúde humana e o meio ambiente. Desta forma, a biossegurança caracteriza-se como estratégica e 
essencial para a pesquisa e o desenvolvimento sustentável sendo de fundamental importância para 
avaliar e prevenir os possíveis efeitos adversos de novas tecnologias à saúde.

As ações de biossegurança em saúde são primordiais para a promoção e manutenção do bem-

estar e proteção à vida. A evolução cada vez mais rápida do conhecimento científico e tecnológico 
propicia condições favoráveis que possibilitam ações que colocam o Brasil em patamares preconizados 
pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em relação à biossegurança em saúde. No Brasil, a 
biossegurança começou a ser institucionalizada a partir da década de 80 pela OMS.

Para o desenvolvimento de práticas seguras em saúde, é fundamental a aplicação das normas 

relativas à biossegurança, em face do reconhecimento dos riscos para trabalhadores, sociedade e 
meio ambiente e da necessidade de formulação de regras protetoras.

As concepções de biossegurança vão além da formulação de regras para a proteção dos 

trabalhadores expostos a agentes biológicos e manipulação genética. A visão ampliada engloba a 
preservação da saúde pública e do meio ambiente, no sentido de segurança da vida, e foi formulado 
na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

1.1 - Germes e Origem da Infecção

Os germes são seres vivos infinitamente pequenos, não sendo possível vê-los a olho nu. Para serem 

visualizados, precisamos da ajuda de um microscópio. Por isso são chamados de microrganismos ou 
micróbios = micro (pequeno) bio (vida). Estes micróbios são classificados em:

Protozoários
Fungos
Vírus
Bactérias

Como exemplo de doenças causadas por protozoários temos a Giardíase, doença intestinal 

que causa diarreia, a Doença de Chagas causada pelo trypanossoma ou a Toxoplasmose, doença 
transmitida pelo gato ou carne mal cozida de porco e carneiro contaminados. Das doenças causadas 
por fungos, temos as micoses de pele e a Candidíase oral (sapinho) ou vaginal. Exemplos de doenças 
causadas por vírus têm a Gripe, a Hepatites e a AIDS. Como doenças bacterianas, os furúnculos, as 
amigdalites, as cistites, as diarreias e as pneumonias causadas por estes germes são alguns exemplos. 
Assim, fica ilustrado que os microrganismos, também chamados de agentes infecciosos, podem 
causar infecção.

Infecção é uma doença caracterizada pela presença de agentes infecciosos que provocam danos 

em determinados órgãos ou tecidos do nosso organismo causando febre, dor, eritema (vermelhidão), 
edema (inchaço), alterações sanguíneas (aumento do numero de leucócitos) e secreção purulenta do 
local afeta- do, muitas vezes.

O nosso contato com microrganismos não significa obrigatoriamente que desenvolveremos 

doenças, muito pelo contrário, o homem, os animais e as plantas não apenas convivem com os germes, 
mas dependem direta ou indiretamente deles. Todas as áreas da Terra, que reúnem condições de vida, 
são habitadas por microrganismos e nós sempre convivemos com eles; inclusive em nosso corpo, onde 
eles auxiliam na proteção de nossa pele e mucosas contra a invasão de outros germes mais nocivos. 
Estes seres vivos minúsculos decompõem matéria orgânica transformando-a em sais minerais prontos 
para serem novamente sintetizados em substratos nutritivos que formarão os vegetais do qual homem 
e animais se alimentam. O homem (hospedeiro) e os germes (parasitas) convivem em pleno equilíbrio. 
Somente a quebra desta relação harmoniosa poderá causar a doença infecção.

Figura 1.0 - Germes