Capítulo 1

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Mais recentemente, o Conselho Consultivo de Práticas de Controle de Infecção Hospitalar do CDC/

EUA publicou um guia revisado mais claro e conciso sobre isolamento, que defende um sistema de 
precauções em duas etapas (Figura 1.1):

Figura 1.1 - Adaptado do CDC, 1996.

A primeira etapa é o Sistema de PRECAUÇÕES PADRÃO OU BÁSICAS, que utiliza as características 

principais das PRECAUÇÕES UNIVERSAIS e aplica-se a todos os pacientes, independente do seu 
diagnóstico ou status sorológico. 

A segunda etapa de precauções é para pacientes com infecção conhecida ou suspeita que exijam 

mais que o padrão para prevenir disseminação exógena da infecção. Três precauções baseadas na 
transmissão são propostas: precauções contra aerossóis, gotículas e contato. 

As precauções contra aerossóis são previstas para reduzir o risco de exposição e infecção por meio 

de transmissão aérea, através de microgotículas aerodispersas inferiores a 5 micra, provenientes de 
gotículas desidratadas que podem permanecer em suspensão no ar por longos períodos de tempo, 
contendo agente infeccioso viável.

Os microorganismos transportados dessa forma podem ser dispersos para longe pelas correntes 

de ar, podendo ser inalados por um hospedeiro suscetível dentro do mesmo quarto ou em locais 
situados a longa distância do paciente-fonte (dependendo dos fatores ambientais), podendo alcançar 
até os alvéolos do hospedeiro. Por esse motivo, indica-se circulação do ar e ventilação especial para 
prevenir essa forma de transmissão. 

Dentro desta categoria incluem-se os agentes etiológicos da tuberculose, varicela (catapora) e do 

sarampo. Nas precauções para aerossóis deve-se utilizar proteção respiratória do tipo respirador N-95. 

As precauções de gotículas reduzem a disseminação de patógenos maiores que 5 micra a partir de 

um indivíduo infectado e que podem alcançar as membranas mucosas conjuntiva, do nariz ou da boca 
de um hospedeiro suscetível. As gotículas originam-se de um indivíduo fonte, sobretudo durante a 
tosse, o espirro, a conversação e em certos procedimentos, tais como a aspiração ou a broncoscopia. 

A transmissão de gotículas maiores que 5 micra requer um contato próximo entre o indivíduo 

e o receptor, visto que tais gotículas não permanecem suspensas no ar e geralmente se depositam 
em superfícies a uma curta distância. Daí a importância de ressaltarmos a necessidade da limpeza 
concorrente e terminal. 

Uma vez que as gotículas não permanecem em suspensão, não é necessário promover a circulação 

do ar ou ter ventilação especial para prevenir a sua transmissão. Esse tipo de precaução aplica- se 
a qualquer paciente com suspeita de infecção por patógenos como: Haemophilus influenzae e 
Neisseria meningitidis. 

As precauções de contato representam o modo mais importante e frequente de evitar a transmissão 

de infecções hospitalares e estão divididas em dois subgrupos: contato direto e contato indireto.

Contato direto: esse tipo de transmissão envolve o contato pele a pele e a transferência física, 

partindo de um indivíduo infectado (ou colonizado por microorganismos) para um hospedeiro 
suscetível. 

Essa transmissão pode ocorrer quando o profissional de saúde realiza a mudança de decúbito, a 

higienização ou ao executar procedimentos que exijam contato físico; e também entre dois pacientes 
pelo contato com as mãos, por exemplo.