Capítulo 2
14
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A fragmentação pode precipitar a extinção ao dividir uma mesma população em duas, cada
uma em uma área restrita. Com isso, vários problemas como mudança genética surge, trazendo
a extinção.
Efeitos de Borda
A fragmentação de um habitat aumenta muito a sua quantidade de borda. O microambiente numa
borda é diferente daquele no interior da floresta. Alguns efeitos de borda são: aumento nos níveis de
luz, umidade, temperatura e vento, sendo notáveis nos primeiros 35 metros. Muitas espécies estão
adaptadas a certos níveis climáticos e com essa mudança, muitas espécies são eliminadas.
Um denso emaranhado de trepadeiras de crescimento rápido, freqüentemente cresce na borda
da floresta. Isto pode reduzir os efeitos do distúrbio ambiental no interior. Porém, a composição das
espécies da borda é alterada e a área ocupada por espécies de interior é ainda mais reduzida.
Quando uma floresta é fragmentada, altas temperaturas e o vento propiciam incêndios. Estes se
espalham para dentro dos fragmentos a partir de campos agrícolas que são queimados regularmente.
Ocorre também a invasão de espécies exóticas como o macaco-prego que se alimenta de ovos de
pássaros impedindo que a reprodução seja bem sucedida.
Largura de borda estimada por Rodrigues (1998) – 35 metros.
A fragmentação aumenta o contato de espécies nativas com espécies domésticas, fazendo
com que se espalhem doenças destes animais silvestres para os domésticos.
2.5 - Degradação e Poluição do Habitat
Mesmo se não ocorrer destruição, as comunidades podem sofrer impacto por fatores externos
fazendo com que o dano não seja notado imediatamente. A poluição é uma causa comum de
degradação como os pesticidas, produtos químicos e o esgoto liberado por indústrias.
Poluição por Pesticidas
Biomagnificação – o DDT (diclorodifeniltricloroetano) e outros inseticidas estavam se tornando
mais concentrados. Estes pesticidas usados em plantações para matar insetos estavam danificando
pássaros, peixes e outros animais expostos ao DDT e seus produtos. São utilizados para controle das
doenças como Malária, Doença de Chagas e com isso fica difícil controlar a compra e o uso ilegal para
outras finalidades.
Poluição da Água
Rios, lagos e oceanos são usados como despejo de esgoto prejudicando a vida de peixes e mariscos
que servem como alimento. Os lixos despejados em ambiente aquático, não causam somente a
poluição local, mas também a poluição em grande área.
Mesmo minerais essenciais, que são benéficos para certos seres vivos, se utilizado em grande
concentração, pode ser danoso, como exemplo o nitrogênio. O esgoto, detergentes e processos
industriais liberam nitratos e fosfatos nos sistemas aquáticos causando a eutrofização cultural. Altas
concentrações desses nutrientes resultam em “florações” de algas na superfície. Com isso, será
reduzida a luz necessária para espécies que vivem abaixo da superfície. Com este “tapete de algas” a
concentração de oxigênio diminui causando a morte de várias espécies.
Poluição do Ar
Chuva ácida – várias indústrias liberam grandes quantidades de nitratos e sulfatos que se combinam
com a umidade e formam o ácido nítrico e o sulfúrico. Os ácidos se incorporam nos sistemas de nuvens
e reduzem o pH da água da chuva. Essa chuva diminui o pH da umidade do solo e de corpos d’água.
Devido isso, a acidez de corpos d’água aumenta e impede a reprodução de peixes e até sua morte.
Produção de ozônio e deposição de nitrogênio – automóveis, termoelétricas e outras atividades
industriais liberam hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio. Com a luz solar, esses produtos reagem
com a atmosfera e produzem o ozônio e outros produtos conhecidos como smog fotoquímico ou
poluição fotoquímica. Apesar de o ozônio ser importante para filtrar a danosa radiação ultravioleta, altas
concentrações danificam tecidos de plantas tornando-as vulneráveis, reduzindo a produção agrícola.