Capítulo 2

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A fragmentação pode precipitar a extinção ao dividir uma mesma população em duas, cada 
uma em uma área restrita. Com isso, vários problemas como mudança genética surge, trazendo 
a extinção. 

Efeitos de Borda

A fragmentação de um habitat aumenta muito a sua quantidade de borda. O microambiente numa 

borda é diferente daquele no interior da floresta. Alguns efeitos de borda são: aumento nos níveis de 
luz, umidade, temperatura e vento, sendo notáveis nos primeiros 35 metros.  Muitas espécies estão 
adaptadas a certos níveis climáticos e com essa mudança, muitas espécies são eliminadas. 

Um denso emaranhado de trepadeiras de crescimento rápido, freqüentemente cresce na borda 

da floresta. Isto pode reduzir os efeitos do distúrbio ambiental no interior. Porém, a composição das 
espécies da borda é alterada e a área ocupada por espécies de interior é ainda mais reduzida. 

Quando uma floresta é fragmentada, altas temperaturas e o vento propiciam incêndios. Estes se 

espalham para dentro dos fragmentos a partir de campos agrícolas que são queimados regularmente.

Ocorre também a invasão de espécies exóticas como o macaco-prego que se alimenta de ovos de 

pássaros impedindo que a reprodução seja bem sucedida. 

Largura de borda estimada por Rodrigues (1998) – 35 metros.
A fragmentação aumenta o contato de espécies nativas com espécies domésticas, fazendo 
com que se espalhem doenças destes animais silvestres para os domésticos.

2.5 - Degradação e Poluição do Habitat

Mesmo se não ocorrer destruição, as comunidades podem sofrer impacto por fatores externos 

fazendo com que o dano não seja notado imediatamente. A poluição é uma causa comum de 
degradação como os pesticidas, produtos químicos e o esgoto liberado por indústrias. 

Poluição por Pesticidas

Biomagnificação – o DDT (diclorodifeniltricloroetano) e outros inseticidas estavam se tornando 

mais concentrados. Estes pesticidas usados em plantações para matar insetos estavam danificando 
pássaros, peixes e outros animais expostos ao DDT e seus produtos. São utilizados para controle das 
doenças como Malária, Doença de Chagas e com isso fica difícil controlar a compra e o uso ilegal para 
outras finalidades.

Poluição da Água

Rios, lagos e oceanos são usados como despejo de esgoto prejudicando a vida de peixes e mariscos 

que servem como alimento. Os lixos despejados em ambiente aquático, não causam somente a 
poluição local, mas também a poluição em grande área.

Mesmo minerais essenciais, que são benéficos para certos seres vivos, se utilizado em grande 

concentração, pode ser danoso, como exemplo o nitrogênio. O esgoto, detergentes e processos 
industriais liberam nitratos e fosfatos nos sistemas aquáticos causando a eutrofização cultural. Altas 
concentrações desses nutrientes resultam em “florações” de algas na superfície. Com isso, será 
reduzida a luz necessária para espécies que vivem abaixo da superfície. Com este “tapete de algas” a 
concentração de oxigênio diminui causando a morte de várias espécies. 

Poluição do Ar

Chuva ácida – várias indústrias liberam grandes quantidades de nitratos e sulfatos que se combinam 

com a umidade e formam o ácido nítrico e o sulfúrico. Os ácidos se incorporam nos sistemas de nuvens 
e reduzem o pH da água da chuva. Essa chuva diminui o pH da umidade do solo e de corpos d’água. 
Devido isso, a acidez de corpos d’água aumenta e impede a reprodução de peixes e até sua morte. 

Produção de ozônio e deposição de nitrogênio – automóveis, termoelétricas e outras atividades 

industriais liberam hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio. Com a luz solar, esses produtos reagem 
com a atmosfera e produzem o ozônio e outros produtos conhecidos como smog fotoquímico ou 
poluição fotoquímica. Apesar de o ozônio ser importante para filtrar a danosa radiação ultravioleta, altas 
concentrações danificam tecidos de plantas tornando-as vulneráveis, reduzindo a produção agrícola.