13

Ameaças à Biodiversidade

R

E

G - 

5

4

9

.88

5

 - C

O

PY

R

IG

H

T - B

0

0

1

Outros Habitats Ameaçados

Florestas tropicais decíduas e semidecíduas – o solo das florestas semidecíduas é adequado 
para agricultura e pecuária, do que das florestas tropicais úmidas. No Serra do Mar - São Paulo, 
um planalto existente foi destruído em função da sua aptidão para agricultura. 
Áreas alagadiças e habitats aquáticas – as áreas alagadiças são vitais como habitats para 
peixes, invertebrados aquáticos e pássaros e controle de enchentes e produção de energia. 
Essas áreas geralmente são aterradas para construção de canais e poluídas quimicamente. 
EX.: Pantanal – refúgio de várias espécies ameaçadas. O governo estuda a construção de uma 
hidrovia cruzando o Pantanal. A construção de um canal para possibilitar o tráfego de barcos, 
iria secá-lo colocando em risco a maior parte das espécies. 
Manguezais – as espécies arbóreas de mangues estão entre as poucas que podem tolerar 
água salgada. Os manguezais ocupam áreas salobras e estuários de rios e suas raízes retêm o 
sedimento rico em nutrientes que drenam de toda a bacia hidrográfica em direção ao mar. A 
principal ameaça aos mangues, no Brasil, é o turismo predatório, mas a poluição também é um 
problema, porque além de reter sedimentos reterá também poluentes. Muitos manguezais 
são aterrados para construção de casas e estradas. Cobrem quase toda a costa brasileira.
Savanas (Cerrados) – a baixa estatura das árvores, colocou este Bioma como baixa prioridade 
para conservação. Com pesquisas, foi mostrado que possui grande biodiversidade. O cerrado 
brasileiro, com sua área de 2.000.000 km

abriga 180 espécies de répteis, dos quais 20 são 

endêmicos, e abriga 113 espécies de anfíbios, dos quais 32 são endêmicos.
Recifes de corais – número estimado de 1/3 das espécies de peixes do mar. De 5% a 10% dos 
recifes de corais já foram destruídos.

Desertificação

Comunidades biológicas em climas secos são degradadas e tornam-se desertos artificiais em 

função de atividades humanas.

Brasil – essas áreas se formaram principalmente no semi-árido nordestino e Rio Grande do Sul, 

sendo a causa mais freqüente a colocação de bovinos, caprinos e ovinos em densidade acima da 
capacidade de suporte do ecossistema.

Inicialmente essas áreas podem ser adequadas para a agricultura e o cultivo ano após ano, 

levando à erosão do solo e a incapacidade do mesmo de reter água. Os nutrientes do solo podem ser 
consumidos pela pastagem do gado e, com isso, causar a degradação progressiva irreversível. 

Mundo – 9 milhões de km

de terras áridas foram convertidas em desertos.

2.4 - Fragmentação do Habitat

Processo pelo qual uma grande e contínua área de habitat são tanto reduzidas, quanto divididas 

em dois fragmentos ou mais. Estes fragmentos são isolados uns dos outros por uma paisagem 
modificada ou degradada. 

Diferença entre os fragmentos e o habitat original: (1) os fragmentos têm uma quantia maior de 

borda por área de habitat, (2) o centro de cada fragmento está mais próximo dessa borda. 

EX.: Unidade de Conservação de 100 ha com perímetro ou borda de 4000 m. Um ponto no meio da 

reserva fica a 500 m do ponto mais próximo da borda. Se a luz que penetra na reserva, penetrasse 100 
m a partir da borda, e se esta porção da floresta fosse dominada por espécies pioneiras, então somente 
poucos hectares no interior da reserva abrigariam espécies típicas de florestas bem conservadas. 
Agora se a reserva for dividida em 4 fragmentos iguais para a construção de rodovia. À distância do 
centro de cada fragmento até o ponto mais próximo da borda foi reduzida. Embora a rodovia tenha 
ocupado somente 2% da área da reserva, reduziu o habitat disponível para várias espécies. 

A fragmentação ameaça a existência de espécies, podendo primeiro limitar o potencial de uma espécie 
para dispersão e colonização. Muitas espécies não atravessam um habitat de fragmento para outro com 
medo da predação, sendo assim, muitas espécies não recolonizam os fragmentos após a população 
original ter desaparecido. Plantas com frutos carnosos que dependem dos animais para sua dispersão, 
também serão afetadas e o número de espécies no fragmento diminuirá com o passar do tempo. 

A fragmentação também reduz a capacidade de alimentação dos animais nativos. Os indivíduos 
que vivem nesses ambientes necessitam se mover livremente e ter acesso a recursos que 
estejam dispersos no ambiente. Quando uma área é desmatada, é comum a concentração de 
aves nos fragmentos. Com isso, ocorre aumento da mortalidade, porque algumas espécies de 
aves defendem territórios até morrer.