Capítulo 2

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Biogeografia de Ilhas e Taxas de Extinções Atuais

Ilhas grandes têm mais espécies do que ilhas pequenas. Princípio intuitivo, porque ilhas grandes 

tenderão a ter mais indivíduos do que ilhas pequenas – Relação espécie-área.

Esta relação é importante para predizer o número de espécies que iriam se tornar extinta se os 

habitats fossem destruídos. 

Se uma ilha tem um determinado número de espécies, a redução da sua área resultaria em uma 

ilha capaz de tolerar apenas certo número de espécies que corresponde àquela de uma ilha menor.

Se florestas tropicais continuarem a ser extintas e permanecer somente áreas protegidas, cerca de 

2/3 de todas as espécies de plantas e pássaros serão levados à extinção.

Se 1% das florestas são destruídas – 20.000 a 30.000 espécies (baseado num total de 10 milhões de 

espécies) seriam perdidas por ano. 

Além das extinções globais, extinções locais também estão ocorrendo. EX: a ariranha, Pteronura 

brasiliensis, já teve ampla distribuição pelo Brasil e agora se restringe no Estado de Minas Gerais.

2.2 - Causas de Extinção

Se as espécies e as comunidades estão adaptadas às condições ambientais do local, por que estão 

ocorrendo os riscos de extinção? Devido ao fato de grandes perturbações em massa causadas pelo 
homem, alterarem, degradarem e destruírem a paisagem em larga escala, levando-as a ponto de 
extinção.  

O uso de recursos naturais tais como lenha, carne de animais silvestres e plantas nativas, a destruição 

de habitats naturais para fins agrícolas, são fatores responsáveis pela perda da biodiversidade.

É necessário perceber também que existe o uso desigual dos recursos naturais. Em muitos países, 

há uma extrema desigualdade na distribuição de riquezas. No Brasil, pessoas do meio rural (geralmente 
mais pobres) são forçadas a destruir comunidades biológicas e caçar espécies ameaçadas.

Os países desenvolvidos e ricos freqüentemente criticam as nações mais pobres, por falta de 

políticas ambientais seguras, porém parecem não querer reconhecer que grande parte do problema 
é seu próprio consumo excessivo de recursos.

2.3 - Destruição do Habitat

A perda de habitat é a ameaça mais séria enfrentada por espécies de vertebrados e invertebrados 

atualmente. Essa destruição não se restringe somente ao Brasil, ainda que exista uma grande 
preocupação com a destruição da floresta Amazônica que ocupa grande parte do nosso território. O 
Estado de Mato Grosso é um dos estados mais populosos da Amazônia legal e também o que mais 
desmata. Entre 1998 e 2000, foram desmatados em média 300.000ha/ano neste estado.

Florestas Tropicais Ameaçadas

As florestas tropicais úmidas ocupam 7% da superfície da Terra, mas estima-se que contenha mais 

de 50% do total de espécies. 

1982 – apenas 9.5 milhões de km

de florestas tropicais úmidas ainda existiam, uma área pouco 

superior à do Brasil.
1985 – perda de quase um milhão de km

durante estes três anos.

Atualmente, perde-se 180.000 km

de superfície florestal/ano. Uma taxa de 34 ha por minuto. 

Acredita-se que daqui a vinte anos restarão apenas entre 4,7% e 28% da floresta amazônica. 

Agricultura itinerante – parte da floresta é derrubada, queimada e cultivada durante pouco 

tempo até que se torne improdutiva e a terra tem que ser abandonada. A terra retorna como floresta 
secundária. 

Mata Atlântica – na Bahia é uma área de grande endemismo. Metade de suas espécies de árvores 

é endêmica à área. Em décadas, foi quase inteiramente destruída para plantio de cana-de-açúcar, café 
e cacau e o restante está dividido em fragmentos isolados.