Capítulo 3

12

R

E

G - 
5

4

9

.5

41

 - C
O

PY
R

IG

H

T - B

0

0

1

CRÍTICAS

De acordo com críticos, a revolução verde também teve efeitos perversos. Há uma linha de críticos 

que questiona os efeitos sociais e econômicos relacionados à revolução verde. Entre esses efeitos são 
listados o aumento das despesas com cultivo e o endividamento dos agricultores, o crescimento da 
dependência dos países, do mercado e da lucratividade das grandes empresas de insumos agrícolas, 
o agravamento da uniformidade e da erosão genética das espécies agrícolas e a expulsão dos 
agricultores do campo, que não puderam mais competir com empresas agrícolas de grande porte, 
que são mais aptas a gerenciar o empreendimento considerável envolvido na exploração efetiva das 
técnicas da revolução verde. 

Essa linha de críticos se cala quando deparada com estatísticas que provam que sem a revolução 

verde (e com o crescimento demográfico em países em desenvolvimento), o mundo hoje estaria com 
uma grave crise de desabastecimento. Nesse cenário, a população mais vulnerável à fome seria a de 
países pobres.

Uma crítica mais embasada diz que após seu incontestável sucesso, a revolução verde está 

perdendo momento: a produtividade tem estagnado, as culturas baseadas em variedades uniformes 
estão se mostrando vulneráveis, o solo está sendo esgotado, e montou-se um ciclo vicioso de uso de 
fertilizantes. De acordo com estes críticos, o mundo precisa de uma “segunda revolução verde” que 
possa reconciliar produções maiores com um uso mais racional do meio-ambiente. Há quem defenda 
que essa segunda revolução seja o uso de transgênicos, embora esse seja uma proposição bastante 
controversa. 

Uma terceira linha de críticas refere-se aos efeitos ambientais da revolução verde: perda de 

biodiversidade, dependência excessiva de combustíveis fósseis, erosão do solo e poluição causada 
pelo uso de fertilizantes, pesticidas e herbicidas. A perda da biodiversidade, especialmente, torna 
esse tipo de agricultura contrária aos princípios básicos do desenvolvimento sustentável.

Adaptado e modificado pela Profa. Dra. Durvalina Maria (2006) 

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Verde

Figura 3.0

Tabela 3.0