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Arranjo Físico
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Geralmente, decisões táticas são tomadas pelo próprio gerente ou diretor industrial da organização.
Raras são as mudanças de arranjo físico em nível operacional, Algumas razões para tais decisões se
darem em nível decisório mais elevado são:
Geralmente as atividades ligadas ao arranjo físico são demoradas e de alto custo;
Se o arranjo físico já existe e precisa ser alterado, geralmente o processo de produção precisa
ser interrompido. É comum fazer as alterações em finais de semana, ou até mesmo em períodos
de férias. A mudança de local de uma máquina, de uma linha de montagem ou do local de um
almoxarifado, por exemplo, pode exigir a atividade de muitos profissionais de manutenção,
tais como pedreiros, carpinteiros, eletricistas, encanadores, auxiliares etc. Também pode ser
preciso utilizar máquinas especiais, como guindastes, tratores etc.;
Se o arranjo físico não for bem elaborado, as consequências podem ser graves, Padrões de fluxo
excessivamente longos e confusos são causadores de grandes prejuízos, podendo inviabilizar
o próprio negócio;
Se o arranjo físico for para uma organização do tipo de serviços é fundamental ter em mente
que é na loja que ocorre a interface entre a organização e o consumidor. Nenhuma outra
variável provoca tanto impacto inicial no consumidor como a loja em si. As decisões sobre
a apresentação dos produtos, comunicação visual e sinalização devem despertar o interesse
para as compras, buscando transformar cada visita do cliente em uma compra.
A necessidade de tomar decisões sobre arranjos físicos decorre de vários motivos, tais como:
Necessidade de expansão da capacidade produtiva: é natural que a empresa procure expandir
sua atuação com o passar do tempo. Um aumento na capacidade produtiva pode ser obtido
aumentando o número de máquinas ou substituindo as existentes por máquinas mais
modernas. Um estudo do arranjo físico é necessário para acomodar estas novas máquinas.
Elevado custo operacional: um arranjo físico inadequado geralmente é responsável por
problemas de produtividade ou nível de qualidade baixo.
Introdução de nova linha de produtos: quando um novo produto exigir um novo processo de
produção será necessário readequar as instalações.
Melhoria do ambiente de trabalho: o local de trabalho e as condições físicas de trabalho,
principalmente nos assuntos relacionados à ergonomia, podem ser fatores motivadores ou
desmotivadores. Um banheiro longe, um bebedouro fora de mão, falta de claridade, distâncias
longas a serem percorridas, condições inseguras, potenciais causadoras de acidentes etc.
podem fazer muita diferença na moral dos trabalhadores.
2.5 - Princípios Básicos de Arranjos Físicos
Segurança: todos os processos que podem representar perigo para funcionários ou clientes não
devem ser acessíveis a pessoas não autorizadas. Saídas de incêndio devem ser claramente sinalizadas
e estarem sempre desimpedidas.
Economia de movimentos: deve-se procurar minimizar as distâncias percorridas pelos recursos
transformados. A extensão do fluxo deve ser a menor possível.
Flexibilidade de longo prazo: deve ser possível mudar o arranjo físico, sempre que as necessidades
da operação também mudarem.
Princípio da progressividade: o arranjo físico deve ter um sentido definido a ser percorrido,
devendo-se evitar retornos ou caminhos aleatórios.
Uso do espaço: deve-se fazer uso adequado do espaço disponível para a operação levando-se em
conta a possibilidade de ocupação vertical, também, da área da operação.
2.6 - Tipos Básicos de Arranjo Físico
A literatura sobre o assunto, invariavelmente, define quatro ou cinco formas de se organizar um
arranjo físico produtivo:
Arranjo por produto ou por linha;
Arranjo por processo ou funcional;
Arranjo celular;
Arranjo por posição fixa;
Arranjo misto.