Capítulo 2

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2.3 - Definição de Arranjo Físico

Para efeito de gestão de organizações, o termo “arranjo físico” possui várias definições, todas 

análogas, complementares e alinhadas entre si. Para informação, a seguir são descritas algumas delas:

CONCEITO OU 

DEFINIÇÃO

Slack et al. (2002) definem arranjo físico de uma operação produtiva como a 

preocupaçãocom a localização física dos recursos de transformação. De forma 
simples, definir o arranjo físico é decidir onde colocar todas as instalações, 
máquinas, equipamentos e pessoal da produção.

Stevenson (2001) considera que o arranjo físico é a configuração de 

departamentos, de centros de trabalho e de instalações e equipamentos, com 
ênfase especial na movimentação otimizada, através do sistema, dos elementos 
aos quais se aplica o trabalho.

Moreira (1998) lembra que planejar o arranjo físico significa tomar decisões 

sobre a forma de como serão dispostos os centros de trabalho que aí devem 
permanecer.

Gaither e Frazier (2001) dizem que definir o arranjo físico significa planejar 

a localização de todas as máquinas, utilidades, estações de trabalho, áreas de 
atendimento ao cliente, áreas de armazenamento de materiais, corredores, 
banheiros, refeitórios, bebedouros, divisórias internas, escritórios e salas de 
computador, e ainda os padrões de fluxo de materiais e de pessoas que circulam 
o prédio.

Ritzman & Krajewski (2004) consideram, como os outros autores, que o 

planejamento do arranjo físico envolve decisões sobre a disposição dos centros de 
atividade econômica em uma unidade e definem centro de atividade econômica 
como qualquer coisa que utilize espaço: uma pessoa, um grupo de pessoas, o 
balcão de um caixa, uma máquina, uma banca de trabalho e assim por diante.

Gurgel (2003), em seu glossário de engenharia de produção, define arranjo 

físico como sendo a arte e a ciência de se converter os elementos complexos e 
interrelacionados da organização da manufatura e facilidades físicas em uma 
estrutura capaz de atingir os objetivos da empresa pela otimização entre a geração 
de custos e a geração de lucros.

LEMBRE-SE: 

Em função, principalmente, do aumento da produtividade do maquinário e consequente redução 
de mão-de-obra operacional os arranjos físicos produtivos atuais são bem mais compactos, 
ocupando muito menos área física que os arranjos de poucas décadas atrás.

2.4 - A Importância do Estudo do Arranjo Físico

As decisões de arranjo físico definem como a empresa vai produzir. O leiaute, ou arranjo físico 

é a parte mais visível e exposta de qualquer organização. A necessidade de estudá-lo existe 
sempre que se pretende a implantação de uma nova fábrica ou unidade de serviços ou quando se 
estiver promovendo a reformulação de plantas industriais ou outras operações produtivas já em 
funcionamento.

As decisões do arranjo físico podem ser de nível estratégico, quando se estudam novas fábricas, 

grandes ampliações ou mudanças radicais no processo de produção, que, naturalmente, envolvem 
grandes investimentos. Neste caso, geralmente os estudos de arranjo físico são feitos por empresas 
contratadas, que detém conhecimento altamente especializado sobre o assunto. Decisões desta 
complexidade não são de responsabilidade do gerente de produção. As decisões sobre o arranjo 
físico também podem ser de nível tático, quando as alterações não são tão representativas, os riscos 
envolvidos e valores são mais baixos.